CONHECENDO A UMBANDA POR FORA: “CHUTA QUE É MACUMBA”1
Keywords:
Macumba, Preconceito, Intolerância Religiosa, Terreiros, UmbandaAbstract
este artigo aborda a expressão "chuta que é macumba". Expressão esta que reflete preconceitos e intolerâncias contra as religiões afrodescendentes. O objetivo de nossa reflexão é conhecer a ‘Umbanda por fora’ para melhor compreensão da expressão “chuta que é macumba”, usada pejorativamente, para inferiorizar as religiões afrodescendentes, e conhecer a sacralidade que permeia o interior dos terreiros umbandistas. O uso da expressão está muito vinculado aos despachos realizados nas encruzilhadas para oferendar Exu. Prática bastante reduzida nos dias de hoje pelas religiões, dada a conscientização de preservação ambiental adotada pelo povo de terreiro. A visão da sociedade brasileira lançada sobre essas práticas religiosas é tão preconceituosa, que mesmo pessoas de outras religiões são estigmatizadas por frequentarem terreiros independente de sua raça, cor, etnia e/ou classe social. O texto enfatiza ainda a importância dos terreiros de Umbanda em Rio Branco, na contínua construção de suas identidades e no combate ao racismo religioso. O trabalho é discutido com base nas cerimônias realizadas nos terreiros umbandistas acreanos, abordando a vivência do “sagrado” pelo “povo do axé”, e como os rituais são realizadas internamente. Para construir esse diálogo utilizamos autores como Lapassade (1972), Debord (1997), Eliade (2001), dentre outros. Conclui ressaltando a necessidade de descontruir o preconceito e a intolerância religiosa que ronda os terreiros e umbandistas, assim como a importância em se permitir sair da ignorância cultural e conhecer as religiões afrodescendentes.
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