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Desafios e Perspectivas em Diálogos
Vol. 1 No. 1 (2017)Rafael Ademir Oliveira de Andrade
Editor da Revista Diálogos – UniSL
Caros leitores, o material que agora chega a suas mãos graças aos avanços tecnológicos da rede mundial de computadores é fruto de um trabalho que apesar de árduo, está apenas começando. E por isso ainda não temos muito o que falar, apesar de termos muitas expectativas.
Como professores no Centro Universitário São Lucas, instituição situada na Amazônia brasileira, temos um desafio fundamental: pensar ciência (administrativa, contábil, jurídicas, espaciais, de desenvolvimento, dentre outras) em um contexto de afastamento geográfico e histórico dos grandes centros de produção científica e tecnológica.
Não afirmamos isso com sentimento de pequenez intelectual, mas com vistas ao desafio que se abre a nossas portas: o de construir um pensamento racional sobre ciência, desenvolvimento, tecnologia, gestão e responsabilidade social à partir de nossas construções, amazônicas, iniciais, dificultosas e cheia de intenções verdadeiramente únicas.
A Revista Diálogos surge desse intuito de refletir no bojo do Centro Universitário São Lucas, em Porto Velho, em Rondônia, no Norte e no Brasil sobre essas perspectivas da realidade. Pretendemos ir além: falar do Norte para o norte e para além, quiçá estabelecer conexões que ainda não estabelecemos.
Caros leitores, estamos aqui com intuitos de grandes realizações. Fiquem de olho nas oportunidades de leitura e publicação de nossa revista.
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Edição especial
No. 1 (2019)“Eu não sou de Humanas. Eu não sou de Exatas. Eu sou de ‘Ciências’ “
Raduan Krause Lopes
Guilherme Silveira Simões
Um questionamento que ouço com frequência, no ambiente acadêmico, é o comentário que “Eu sou de Humanas”, quando aparece algum fato matemático no contexto do diálogo. Essa frase, derivado de comentários em redes sociais, me levou a pensar que a Ciência Exata pode ter passado do intervalo de confiança estatístico, falhando como uma possibilidade de resposta aos problemas humanísticos.
A ciência, em sua essência, é uma maneira de ver e explicar os fenômenos do mundo. Muito se expressa por palavras, por conceitos e modelos escritos de modo que a mente consiga imaginar aquilo que está escrito. Uma outra maneira de se expressar um conceito ou modelo é pela Matemática, seja por gráficos, seja por equações, fórmulas ou meramente descrições nesse código. Essa codificação, porém, não tem um idioma. Matemática, atualmente, tem uma única língua. Gráficos, geometria, todos em uma única língua. O problema é que ser letrado em matemática é algo que muitos não gostam de fazer, porém, é algo necessário.
Explicar um problema, modelar a situação para que consiga, enfim, replicar e validar uma teoria, é algo de suma importância na ciência. Muitos dos conceitos passam por um processo evolutivo, bem parecido com aquele colocado por Darwin: um ambiente está ali, seres vivos competem com suas ferramentas, algumas espécies sobrevivem frente aos obstáculos e ajustam estratégias após sobreviverem ao primeiro problema, sem saber o que virá então. Assim trabalha a ciência: não sabe quais problemas virão, usamos as ferramentas que tempos, ajustamos as teorias ou usamos novas para explicar o problema, que serão escrutinadas com afinco para serem explicadas. Essa ideia é retirada da Fórmula de Popper, que, por ter uma “fórmula” na frente, nos faz pensar em um matemático, estatístico, ou algo similar.
O autor da Fórmula de Popper não é um matemático em essência, ainda que debateu sobre teoria quântica com Niels Bohr e Eistein. Não é um engenheiro ou um físico. Era o filósofo austríaco Karl Popper. Era “de humanas”, mas soube a importância de usar a matemática como ferramenta de trabalho. Nos primórdios da ciência, não havia distinção: o cientista não pertencia a uma área, e todos os campos deveriam ser valorizados e usados como ferramenta de trabalho e de construção do edifício do conhecimento.
Vejamos, nesta revista, o que é que as Ciências Exatas podem ser usadas para explicar o mundo e expor modelos para explicar situações e resolver problemas de várias áreas. Aplicar a exatidão nas ideias e modelos, de modo que se tornem mais robustos para serem confrontados num mundo onde teorias são confrontadas a todo o momento e, parafraseando Carl Sagan, “nossa espécie precisa, e merece, habitantes com mentes despertas e com um entendimento básico de como o mundo funciona”. Conceitos básicos são revistos a todo momento, muitas vezes desnecessariamente. Enquanto na saúde se confronta aqueles contra vacinação, em exatas temos os “terraplanistas” e suas modelagens. Essas interpretações são as falhas a serem evitadas. A ciência, por sua vez, não pode ser limitada na academia. Explique o mundo. Nós todos merecemos isso.
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Edição 2023 Revista Diálogos - Publicação em Fluxo Contínuo
Vol. 7 No. 1 (2023)Edição 2023 Revista Diálogos - Publicação em Fluxo Contínuo
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Diálogos: Economia e Sociedade (Edição Especial Conexões Chiapas-Amazônia)
Vol. 8 No. 02 (2024)Prof. Dr. Estevão Rafael Fernandes
Antropólogo, Líder do Laboratório Amazônico de Estudos em América Latina (LABLAT - UNIR)
Prof. Dr. Rafael Ademir Oliveira de Andrade
Sociólogo, Líder do Laboratório de Estudos em Populações Negligenciadas da Amazônia (LEPONA – Centro Universitário São Lucas, Porto Velho/Afya)
O presente dossiê é fruto da ação organizada de diversos grupos de pesquisa, Universidades públicas e Instituições Privadas de Ensino Superior do Brasil e do México. De Rondônia, estado da Amazônia brasileira, temos como instituição sede o Centro Universitário São Lucas Afya de Porto Velho, instituição responsável pela gestão da Revista Diálogos desde seu lançamento em 2016, e também no país a Universidade Federal de Rondônia, com ação direta de representantes do Departamento de Ciências Sociais e do Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Regional e Meio Ambiente. Respectivamente, estas instituições foram representadas pelos professores Dr. Rafael Ademir Oliveira de Andrade e Dr. Estevão Rafael Fernandes. Ainda na região Amazônica do Brasil, o professor Dr. Fabiano de Souza Gontijo representou o estado do Pará e sua Universidade Federal (UFPA) na organização deste trabalho.
Representando o México, a professora Dra. Karla Jeanette Chacon Reynosa foi responsável pela organização de seis textos que farão o papel de representar o Chiapas, estado mexicano que faz fronteira com a Guatemala, conhecido por suas belezas naturais, riquezas culturais e, assim como Rondônia e a Amazônia brasileira, marcado por desigualdades sociais e econômicas, que a Universidade Autônoma de Chiapas a partir de suas pesquisas e extensões busca enfrentar a partir da formação de profissionais comprometidos com a questão econômica, ambiental, difusão cultural e oferta de serviços e produtos de qualidade para a comunidade mexicana e mundial.
Dos trabalhos representando o Brasil, temos os textos e autoras(es): Mulheres Quilombolas na Amazônia: Trabalho e resistência política de Daylan Maykiele Denes e Fábio Rodrigues Carvalho, (ambos da Universidade Federal de Rondônia), “Deus É Pai, Tupã, Sou Beradêro”: A construção de uma identidade amazônida-rondoniense-resistente de Ákilaz Correa MOREIRA (Faculdade Católica de Rondônia), Rafael Ademir Oliveira de Andrade (Centro Universitário São Lucas AFYA Porto Velho) e Renato Fernandes Caetano (Universidade Federal de Rondônia), As vozes subalternas querem falar: Uma leitura de “coisas que não se aprende nos livros” de Eva Silva Alvez de Virgínia Del Carmen Pirela Alvarado e Miguel Nenevé (ambos da Universidade Federal de Rondônia) e Saúde Indígena em Rondônia: Uma revisão integrativa de Suyane da Costa Oliveira, Wuelison Lelis de Oliveira, Rafael Ademir Oliveira de Andrade, Ronald Pinto Costa, Thaís Souza Gonzales e Renato Henrique Lopes Guterres (todos do Centro Universitário São Lucas AFYA Porto Velho).
Já dos trabalhos submetidos por autores do México, temos os seguintes textos: Educación básica y de frontera: Migrantes centroamericanos en situación irregular en Chiapas, México de Rosana Santiago García (Universidade Autônoma de Chiapas, México) e Juan Francisco Astudillo Tenorio (Universidad Autónoma do Estado de Morelos, México), Chiapas Ante El Nacionalismo: Repensar La Pátria desde Benzulul de Diana Erika Cruz Jiménez e Sarelly Martínez Mendoza (ambas da Universidade Autônoma de Chiapas, México), La corpocartografía, un dispositivo para estudiar la región. otras formas de visibilizar el desplazamiento forzado en nuevo zinacantán, chiapas (México) de Xitlally Guadalupe Flecha Macías (Universidade Autônoma de Chiapas, México), Karla Jeanette Chacón Reynosa (Universidade Autônoma de Chiapas, México) e Jordi Planella Ribera (Universidade Aberta da Catalunha, Espanha), Prácticas de cuidado y reproducción de la vida cotidiana en Chiapas: Una perspectiva ético-política de Carolina Rivera Farfán, Jania E. Wilson González e Luis Ernesto Cruz Ocaña (todos do Instituto de pesquisa científica em San Cristóbal de las Casas, México), Perspectiva docente sobre la Educación Intercultural Bilingüe en el Internado Dr. Manuel Gamio de Zinacantán, Chiapas de Janeth del Rocío Pérez Rodríguez (Universidade Intercultural de Chiapas, México) e Danae Estrada Soto (Universidade Autônoma de Chiapas, México) e o derradeiro trabalho intitulado Modernidad y decolonización de los saberes: La experiencia cultural de los indígenas en Chiapas de Rigoberto Martínez Sánchez e Juan Pablo Zebadúa Carbonell (ambos da Universidade Autônoma de Chiapas, México).
O presente dossiê é um esforço coletivo de autores e organizadores. Agrupou, entre seus organizadores, quatro instituições: Centro Universitário São Lucas Afya - Porto Velho, Universidade Federal de Rondônia, Universidade Federal do Pará e Universidade Autônoma de Chiapas. Já entre os autores apontamos que tivemos a representação das seguintes instituições: Universidade Federal de Rondônia, Centro Universitário São Lucas Afya - Porto Velho, Faculdade Católica de Rondônia, Universidade Autônoma de Chiapas, Universidade Autônoma do Estado de Morelos, Universidade Aberta da Catalunha, Instituto de pesquisa científica em San Cristóbal de las Casas e Universidade Intercultural de Chiapas, México. Ao todo, foram 03 instituições brasileiras, 04 instituições mexicanas e 01 instituição espanhola representadas no rol de autores publicados.
Agradecemos as Instituições e grupos de pesquisa envolvidos no desenvolvimento deste dossiê e esperamos que as parcerias entre Brasil-México/Rondônia-Chiapas possam se fortalecer cada vez mais, e que mais frutos venham ser gerados na intenção de compreender sistemas sociais tão complexos quanto os que aqui foram analisamos nestes textos.
Arte da Capa: Najaira Silva de Souza @ms.naja @bera.punk
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Revista Diálogos: Economia e Sociedade
Vol. 9 No. 1 (2025)Publicação contínua: janeiro a dezembro de 2025.
Dificuldades ou dúvidas: entrar em contato com o Editor-Chefe em rafael.andrade@saolucas.edu.brCapa: Aciê Iguchi, foto do Rio Madeira (Porto Velho, Rondônia) em um por do sol chuvoso.