Hepatites A e E:

Educação em saúde em uma comunidade localizada na zona Norte de Porto Velho

Abstract

As hepatites A e E, dentre as demais, constituem o grupo de hepatites transmitidas pela via fecal-oral, com manifestações clínicas semelhantes e distinguindo quanto ao agente etiológico e as regiões epidemiológicas. Segundo a Organização Mundial da Saúde, ambas são consideradas doenças negligenciadas em países pobres e subdesenvolvidos, ou seja, com pouco reconhecimento e investimento pelo Estado, o que torna sua erradicação ainda mais tardia. O vírus da hepatite A tem distribuição universal com maior endemicidade em regiões pobres com baixos índices de saneamento, sofrendo variações nas taxas de incidência e prevalência dos casos conforme vai melhorando as condições higiênicas da população. De acordo com dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), entre 1999 a 2020 foram notificados 168.579 casos de hepatite A no Brasil, representando 24,4% dos casos totais. A endemicidade do vírus da hepatite E concentra-se em regiões da Ásia, Oriente Médio e da África, sem dados significativos no Brasil. Além disso, diferente da Hepatite A devido a necessidade de ingerir uma grande quantidade do vírus, a transmissão entre indivíduos é mais rara, o que justifica sua relação de contágio principalmente por veiculação hídrica. De acordo com os dados citados anteriormente, no qual estão registrados pelo SINAN, esse levantamento corrobora para a análise de que ainda as informações sobre esses tipos de hepatites são negligenciadas e, consequentemente, o aumento significativo para tais hepatites se torna desordenada. Dito isso, é notável que as orientações acerca das hepatites A e E sejam constantemente difundidas, pois a educação em saúde é um meio de reforçar informações básicas das hepatites e, principalmente, quais medidas que podem ser tomadas para evitar a predominância nos dados epidemiológicos anuais dessas doenças infecciosas. O objetivo do projeto foi informar à população sobre a importância de conhecer formas de contaminação e diagnóstico das hepatites virais A e E, com intenção de ampliar e conscientizar este conhecimento para a comunidade, além de aprimorar o conhecimento acadêmico, integrando a teoria à prática. Deste modo, foi realizada pesquisa bibliográfica para coletar informações sobre a temática supracitada para produzir um panfleto por meio da plataforma de design gráfico Canva. Os panfletos trouxeram informações relevantes para os leitores, abordando o que são as Hepatites A e E, transmissão, sintomas e prevenção, sendo impressos cinquenta unidades e distribuídos à população presente na ação social, que foi realizada na paróquia São Luiz Gonzaga, localizada na zona Norte de Porto Velho–RO. Além disso, para contemplar o maior número de pessoas possíveis foram publicados nas redes sociais - Instagram e Facebook - panfletos em formato de posts. Quanto às hepatites A e E, foi notória no dia da ação social a falta de informação da população acerca do tema, ademais ao observar-se que o público alvo foram pessoas com a idade avançada, o modo do feedback foi de maneira verbal, neste sentido, os acadêmicos instruíram a comunidade e diminuíram as dúvidas sobre as hepatites citadas. Entretanto, há pessoas que não possuem conhecimento da temática proposta, necessitando de uma disseminação maior, pois a escassez de entendimento referente a esses patógenos é evidente na sociedade. Nesse viés, a informação torna-se valiosa para a população leiga, pois os cuidados com a contaminação via fecal-oral torna-se viável na redução dos casos de hepatites A e E. Logo, é de suma importância o compreendimento desse assunto para a população, tendo em vista que a informação ajudará para diminuição do contágio e subsequentemente a comunidade obtenha condições de bem-estar nos parâmetros saudáveis.